O projeto executivo constitui a parte mais importante de uma obra de engenharia. De caráter obrigatório, este item pode garantir o sucesso ou a falha total de um empreendimento – como vemos em muitas obras públicas e em projetos de grandes construtoras e incorporadoras.
Mas, afinal, o que é o projeto executivo? O que o define e por que ele é tão importante para a execução de qualquer obra? Entenda melhor a seguir e veja como ele pode influenciar na produtividade de quem trabalha em obras de engenharia.
O que é o projeto executivo?
De acordo com o Manual de Obras Públicas, o projeto executivo é “o conjunto de informações técnicas necessárias e suficientes para a realização do empreendimento, contendo de forma clara, precisa e completa todas as indicações e detalhes construtivos para a perfeita instalação, montagem e execução dos serviços e obras objeto do contrato.” É importante notar que essa etapa não é um novo projeto, e sim o detalhamento específico das etapas constituintes do Projeto Básico.
Além disso, o projeto executivo deve estar em conformidade com as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) – por isso, não deixe de incluir todas as partes necessárias e de formatar o documento da maneira estabelecida pelo órgão. Caso contrário, o projeto executivo pode perder a sua validade e a empresa ainda pode enfrentar problemas na obtenção de alvarás e licenças para o início das obras.
O que ele deve conter?
O projeto executivo deve conter todos os detalhes construtivos elaborados com base no Projeto Básico aprovado. Alguns itens devem obrigatoriamente estar presentes:
– Plantas e desenhos detalhados
– Cálculos estruturais
– Especificações técnicas
– Quantitativo de materiais e equipamentos
– Planilhas de orçamento
– Preços negociados
Para evitar surpresas e erros estruturais durante as obras, o projeto executivo também deve conter um relatório técnico com a revisão e complementação do memorial descritivo e do memorial de cálculo, além da revisão do orçamento detalhado da execução dos serviços e obras.
O que não fazer?
Grande parte das obras embargadas pelo Governo apresentam sérios erros no projeto executivo. Erros de cálculo, superfaturamento, desenhos técnicos sem revisão e informações não segurar são só alguns dos problemas que podem levar a acidentes, paralisação de uma obra e a perda de recursos de clientes e empresas. Vale lembrar que, dependendo da gravidade da situação e do âmbito da obra envolvida – como obras públicas, por exemplo – a construtora e os engenheiros responsáveis ainda podem enfrentar problemas judiciais.
O melhor exemplo de como não se fazer uma obra está na Refinaria Abreu e Lima. Iniciada em 2005 e com custo inicial estimado em US$ 2,5 bilhões, as obras do empreendimento estão atualmente com orçamento previsto em US$ 18 bilhões, sem prazo definido para conclusão. As obras da refinaria foram iniciadas sem que a Petrobras tivesse ao menos o projeto básico completo – por isso, o projeto executivo ficou prejudicado e impossível de ser colocado em prática. À medida que as obras avançavam, os furos e erros começaram a aparecer, e a situação insustentável se mantém até hoje.
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Produtividade
Um projeto executivo bem detalhado e revisto pelo profissional responsável garante a fluidez dos trabalhos nos canteiros de obras. Os funcionários não precisam parar para tirar dúvidas, corrigir problemas que surgem inesperadamente e todas as decisões relativas à construção estão claras. Além de ser um detalhamento de como a obra deverá funcionar, o projeto executivo deve ser visto como parte do plano de comunicação da empresa, garantindo o repasse de informações, tarefas e a produtividade de toda a equipe envolvida.
Por isso, não economize tempo ou recursos para elaborar o projeto executivo das suas obras. Invista na documentação de todas as etapas e na implementação de tecnologias que automatizem processos, facilitem a tomada de decisões e o cumprimento de tarefas no momento necessário. Veja como o Construct App pode auxiliar a sua empresa nisso 😉
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