O mercado de Construção Civil tem passado por momentos de altos e baixos. Isso deve-se a crise econômica que persiste no mercado brasileiro, tanto que as perspectivas para o ano vigente têm como base o resultado do ano anterior. Ou seja, este ano a perspectiva é de alta de 2%. A estimativa leva em consideração ainda a instabilidade política e do ano eleitoral, dois fatores que têm forte influência sobre os resultados.
Para atender e, ainda mais, superar as perspectivas do mercado, é preciso estar sempre atento às possíveis mudanças que podem ocorrer ao longo do ano. Existem diversos fatores que podem influenciar no mercado da Construção Civil, podendo alterar rapidamente a curva de crescimento do setor, tais como escassez de mão-de-obra, de matérias primas, entre outros.
Pensando nisso, o Sebrae criou um estudo chamado Cenários Prospectivos: o setor de construção no Brasil de 2016 a 2018, que pode ser muito útil aos profissionais do ramo que desejam manter-se informados, permitindo traçar estratégias e, até mesmo, realizar um planejamento mais assertivo sobre o setor.
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Fatores que impactam o setor de Construção Civil
De acordo com o estudo realizado, foi possível levantar alguns fatores que têm muita influência e podem impactar diretamente o setor de Construção Civil no Brasil, sendo desde aspectos econômicos, bem como a atual situação política do país. A partir disso, foram elencados três panoramas possíveis ao longo do ano:
- Expectativa com relação à política, com grande potencial à estabilidade econômica;
- A sintonia necessária entre a política e a economia, possibilitando um crescimento ao setor, e
- Recessão econômica em meio a uma instabilidade política.
Para cada um desses cenários, existem pontos de atenção que devem ser levados em conta, como as tendências de mercado, novas tecnologias que influenciam o setor, estratégias e preocupação com a sustentabilidade, atualização de normas e regulamentações aplicáveis ao setor de construção civil, por exemplo.
Principais expectativas para a Construção Civil em 2018
No ano passado, o mercado de construção civil enfrentou um quadro negativo pelo quarto ano consecutivo. A expectativa para os resultados de 2018 é de um pequeno aumento, que gire em torno de 2%, mas que representa uma forte recuperação do mercado.
A queda estimada do Produto Interno Bruto (PIB) da construção foi de 6%. De acordo com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), a produtividade do mercado de construção civil já representou 10,5% do PIB brasileiro em anos anteriores. Contudo, atualmente, possui uma participação de 7,3% de um PIB menor. E, apesar de as previsões indicarem uma recuperação de 2% para este ano, existem três fatores principais dos quais essa definição depende. São eles:
- O investimento realizado em infraestrutura, principalmente em projetos e parcerias público-privadas;
- O restabelecimento do crédito, com a redução de impedimentos aos financiamentos, e
- A melhoria no ambiente de negócios, com objetivos relacionados à segurança jurídica e desburocratização.
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Segundo dados fornecidos pelo Sindicato da Habitação (Secovi), no acumulado entre os meses de janeiro a novembro de 2017, foram comercializadas 18.660 unidades habitacionais, o que representou um aumento de 32,8% em comparação com o mesmo período no ano de 2016, que totalizava cerca de 14.048 unidades.
Como a perspectiva é de que esse aumento se mantenha ao longo do mesmo período desse ano, a melhora das vendas no mercado imobiliário auxilia na evolução do setor da construção civil.
No entanto, é muito importante lembrar que, em ano eleitoral, é muito difícil prever como a economia do país irá se comportar, pois o índice de confiança da população influencia diretamente nas atividades econômicas e o quadro de todos os setores, inclusive a construção civil.
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