O planejamento de obras é velho conhecido dos profissionais da construção civil. Mesmo assim, essa etapa do projeto não recebe a atenção e o detalhismo necessário – prova disso são os atrasos e orçamentos extrapolados em grande parte das obras públicas e de infraestrutura no Brasil. Aqui, apenas 1/5 do tempo total da obra é destinado ao planejamento.
O que é o planejamento de obras?
O planejamento de obras tem como objetivo principal prever os riscos, inconformidades e os impactos positivos e negativos da construção do projeto, seja para a construtora ou para os clientes envolvidos.
O profissional responsável pelo planejamento deve elaborar uma série de estudos e cálculos para avaliar em que circunstâncias a construção do empreendimento é mais rentável e econômica, tudo de acordo com as políticas internas da empresa e das leis em vigor na região onde a obra acontecerá.
Através de um planejamento completo e detalhado, a empresa pode ter uma visão real da obra, com base para a tomada de decisões adequadas ao longo da execução do projeto. Por isso, é fundamental que o profissionais responsáveis por cada etapa do planejamento conheçam bem as particularidades do setor e saibam gerenciar tarefas e pendências de forma otimizada e inteligente.
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O que compõe o planejamento de obras?
Como já dissemos, o planejamento não é um simples documento com coordenadas e orientações para a execução das obras. Ele deve incluir o plano diretor de toda a obra (longo prazo), estudos de viabilidade, orçamento inicial e um plano de ação com foco nas equipes envolvidas, nos prazos e nos serviços necessários em cada etapa da obra.
Na hora de executar todas essas atividades, o profissional precisa ir além e pensar todos os resultados com foco na redução de desperdícios e do retrabalho, além de prever possíveis erros e imprevistos que possam comprometer o prazo de conclusão da obra.
Viabilidade
De forma resumida, os estudos de viabilidade buscam avaliar se a construção do empreendimento trará lucros ou prejuízos para a construtora. Para isso, é necessário avaliar os custos de projetos construídos anteriormente, além do lucro ou dos gastos extras trazidos por cada um deles.
Também é necessário avaliar o fluxo de caixa da construtora – ou seja, se ela possui dinheiro para cobrir os custos operacionais da obra antes de começar a lucrar com ela – e se as condições econômicas e do mercado são favoráveis para a realização do projeto naquele momento.
Orçamento de obras
Talvez o orçamento seja a parte mais importante do planejamento de obras – com um orçamento errado ou incompleto, a empresa pode ter prejuízos enormes ou até mesmo ser obrigada a paralisar os trabalhos no canteiro por falta de verba. Apesar de extremas, essas duas situações são mais comuns do que se pensa, já o cálculo das variáveis é extenso e depende de itens como o BDI (Benefícios e Despesas Indiretas), preço final de venda dos imóveis, cronograma físico-financeiro, atividades a serem terceirizadas e encargos trabalhistas dos funcionários.
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Além disso, o orçamento de obras pode seguir quatro metodologias diferentes, que envolvem menos ou mais detalhes a respeito das variáveis envolvidas: estimativa de custos, orc?amento preliminar, estimativa por etapa da obra e orc?amento anali?tico. O grande erro é pensar que essas metodologias são opostas, quando na verdade são complementares, e não dispensam o foco na exatidão e no detalhamento dos resultados obtidos. Para saber mais sobre o assunto, baixe o nosso eBook Guia Definitivo do Orçamento de Obras.
Acompanhamento das obras
O planejamento continua à medida que os trabalhos no canteiro de obras avançam. É necessário planejar os serviços, utilização de recursos financeiros e materiais e gerenciar as atividades em tempo real, já que o status da obra se modifica a cada dia de trabalho. Por isso, é importante pensar no planejamento como um acompanhamento contínuo do projeto, que pode se modificar de acordo com a disponibilidade da mão de obra e dos níveis de produtividade da mesma.
Para realizar este acompanhamento, os profissionais frequentemente utilizam ferramentas de gestão de tarefas e projetos em diversos níveis – como o Construct, que proporciona uma visão global e integrada do progresso das obras e da realização de atividades pelos profissionais.
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Ferramentas para o planejamento de obras
Existem algumas metodologias de gerenciamento de projetos que podem auxiliar os profissionais a elaborar um planejamento de acordo com os objetivos da empresa. Um deles é o Lean Construction – construção enxuta, em inglês –, onde o objetivo é eliminar todos os gastos desnecessários com a obra e maximizar a produtividade da equipe. Idealizado pela Toyota, o Lean Construction também busca implementar sistemas de informação e novas tecnologias, com foco na antecipação e prevenção de problemas e surpresas.
Outra metodologia frequentemente utilizada é o manual PMBOK, idealizado pelo Project Management Institute (PMI). O estudo aborda as melhores práticas e os conhecimentos necessários para uma gestão de projetos otimizada, sendo uma referência para os gestores de projetos de construção civil e tecnologia de todo o mundo – já falamos dele várias vezes aqui no Blog.
A importância do planejamento de obras
Sem um planejamento, podemos dizer que é impossível executar qualquer obra. O bom planejamento serve como guia para todas as etapas da obra, desde os estudos preliminares até a execução dos serviços, a alocação de recursos, a troca de informações a venda dos imóveis ou unidades construídas.
No geral, ao menos 25% do tempo dos profissionais que gerenciam o canteiro de obras será gasto apenas para solucionar problemas e imprevistos. Este tempo pode ser diminuído com um planejamento de obras eficiente e conectado às demais etapas do projeto, onde os profissionais envolvidos podem gerenciar suas atividades com efetividade e tomar decisões estratégicas ágeis quando necessário.
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