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Acidentes de trabalho comuns na construção civil

Pela natureza do serviço, os acidentes de trabalho são um risco constante na construção civil. Dados mostram que o número de casos é mais que o dobro em relação a outros setores. Por ano, avalia-se que sejam perdidos 9 milhões de dias por ausência no trabalho em razão de acidentes graves.

Segundo o Ministério da Previdência Social, de 2006 a 2012, os acidentes de trabalho aumentaram de 29.054 para 62.874. Já o de mortes subiu de 384 para 450 no mesmo período. No entanto, como o número de empregos no setor se expandiu, a proporção por número total de trabalhadores reduziu-se. Ainda assim, é bem maior que em países como Inglaterra e Estados Unidos.

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Os acidentes mais comuns não fatais envolvem:

Homens
1) veículos terrestres
2) quedas, especialmente de escadas
3) impacto com objetos (máquinas, equipamentos etc.)
4) agressões interpessoais.

Mulheres
1) quedas em geral
2) acidentes com veículos
3) agressões interpessoais
4) impacto com objetos (choques com máquinas, equipamento).

Chama a atenção nas listas a presença das agressões físicas como causas comuns. Ou seja, a saúde mental dos trabalhadores e o controle das emoções são aspectos fundamentais para pensar a prevenção de acidentes.

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As lesões mais comuns causam ferimentos em 1) membros superiores, 2) membros inferiores e 3) cabeça/pescoço, nessa ordem.

Quanto aos óbitos por acidente de trabalho em construção civil, a maior parte é por quedas e outros casos envolvendo veículos, que causam traumatismo craniano e do tórax. Muitos casos, porém, não são relatados da forma correta ? ou seja, o número real talvez seja maior.

Segurança do trabalho: melhores práticas no canteiro de obras

Os acidentes podem ocorrer desde o início até o fim da obra. Veja alguns dos mais comuns:

1) Preparação da obra

Ao limpar o terreno e montar o gabarito, é preciso tomar cuidado com picadas de animais, lesões causadas pela vegetação ou irregularidades no terreno e o manuseio de ferramentas perigosas, como o facão e o martelo. Já durante a montagem do barracão e o levantamento topográfico, o manuseio e o transporte de materiais, o uso de serrotes e as escadas oferecem risco de acidentes de trabalho. Por último, os veículos, muito utilizados nesta fase, merecem atenção especial: eles são os que mais causam mortes na construção civil.

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2) Desenvolvimento da obra: da escavação ao manuseio elétrico

A escavação e o transporte de terra podem motivar quedas e dores lombares. Feixes, vergalhões e estacas geram risco de acidentes de trabalho como prensamento de dedos no manuseio das ferragens e corte e perfurações nos arames de amarração. Ao cravar estacas, os ruídos altíssimos dos impactos põem em risco os ouvidos.

Na concretagem, o uso de serra na preparação das torres, bem como pregos e lascas de madeiras podem ocasionar acidentes de trabalho. No ajuste de fôrmas, os dedos novamente ficam em perigo.

A montagem de escoramentos para apoiar vigas e lajes criam chances de quedas. No manuseio elétrico, o risco, é claro, é de tomar um choque se houver contato com o fio fase. A instalação de painéis e transformadores, assim como a introdução de fios nos condutores, podem causar lesões como cortes.

3) Finalização da obra: tubulação ao acabamento

Lesões por esforço repetitivo: um panorama da construção civilAo preparar a montagem de tubulações, lesões nos dedos e nas mãos podem surgir. Queda de material cortado, queimaduras e irritações na pele são consequências do manuseio da cola. A carpintaria feita sem luvas leva à penetração de lascas e outras lesões mais graves. E a poeira gerada, se aspirada, provoca problemas respiratórios.

Na colocação de ferragens em portas e janelas, cuidado com acidentes de trabalho como o prensamento de dedos e as lesões com farpas. Na pintura e na calafetação, o contato inadequado com produtos irritam a pele e os olhos, além de intoxicar. Quedas de latas e de trabalhadores sem proteção podem gerar traumatismo craniano, entre outros danos fatais.

A etapa de acabamento oferece menos riscos que as outras, mas mesmo assim não deve ser subestimada. Cortes e lesões são as ocorrências mais comuns, principalmente no manuseio de azulejos, ladrilhos e argamassa.

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