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Linguagem no canteiro de obras: comunicação para segurança do trabalho

Muitos colaboradores no canteiro de obras não levam tão a sério quanto deveriam a segurança do trabalho, o que pode gerar graves acidentes e atrasar o cronograma do projeto. Os gestores de obra elaboram políticas de segurança que se dedicam a mitigar ao máximo os riscos que ameaçam a integridade do trabalhador, sem se darem conta de que o engajamento dos colaboradores deve estar presente necessariamente para que o ambiente seguro seja de fato garantido.

O uso de EPI (equipamento de proteção individual) é a regra de segurança do trabalho mais básica em qualquer canteiro de obras. Não há colaborador que a desconheça. Ainda assim, em determinadas situações, algum EPI pode ser deixado de lado sob o argumento de que se trata de um serviço rápido ou, na avaliação daquele funcionário específico, de baixa complexidade. Essas situações de descuido geram por vezes acidentes que poderiam ter sido evitados.

Mas como sensibilizar os funcionários sobre a importância da segurança do trabalho a ponto de motivá-los a cumprir todas as regras e a fiscalizar seus pares? A solução está na comunicação que deve ser utilizada, com atenção para a linguagem adotada.

1. Adote a comunicação de duas mãos

Os gerentes transmitem as informações para a equipe do canteiro de obras sobre os riscos da operação com base no entendimento. Estão sempre ouvindo atentamente as preocupações dos funcionários. As pessoas contribuirão de forma mais efetiva em um ambiente aberto à consulta e à comunicação, pois se sentirão motivadas e preparadas para produzir relatórios de riscos e incidentes. Envolver colaboradores de diferentes atividades nas decisões favorece o estabelecimento de metas em comum entre a diretora e os funcionários, motivando toda a equipe a trabalhar com segurança.

2. Construa a chamada cultura da segurança

O Comitê Executivo do Reino Unido de Segurança e Saúde descreveu “cultura de segurança” como sendo produto de valores, atitudes, competências e padrões de comportamento individuais e de grupo que determina o comprometimento dos programas de saúde e de segurança de uma organização. Organizações com uma cultura de segurança positiva se caracterizam por comunicações baseadas na confiança mútua, na percepção compartilhada da importância da segurança e na confiança da eficácia das medidas de prevenção.

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3. Escolha palavras de efeito positivo para dar feedbacks objetivos

O modo como você se comunica com seus funcionários faz toda a diferença para que eles acreditem na sua mensagem. A regra aqui é dar feedbacks objetivos. O ideal é que você não utilize uma linguagem ambígua e subjetiva, ou seja, repleta de adjetivos e que possibilite diversas interpretações. Dizer que seu funcionário é desorganizado, desleixado ou desatento só resulta em ressentimento e discordância em relação aos comportamentos de segurança defendidos por sua empresa. Afirmar também que um acidente foi resultado de “azar” fornece a interpretação de que não poderia ter sido evitado. Essa constatação vai na contramão do trabalho preventivo de segurança do trabalho que deve identificar os riscos envolvidos nas tarefas do dia a dia.
Veja abaixo outros três exemplos de como tornar frases negativas em positivas:

Negativa
Qual é o problema?
Positiva
Como posso ajudar?

Negativa
Você não entende
Positiva
Deixe-me explicar novamente

Negativa
Já disse anteriormente a você para não fazer isso
Positiva
Que tal tentar dessa forma

4. Faça perguntas abertas para seus colaboradores

Os profissionais de segurança do trabalho aconselham usar “Como?” nas perguntas cujo objetivo é descobrir ações futuras e “Por quê?” naquelas que objetivam encontrar respostas para ações passadas. As perguntas iniciadas com “Como?” são úteis para encontrar explicações de um procedimento de trabalho, sendo menos confrontadoras do que aquelas que começam com “Por quê?”. Já as questões do tipo “Por quê?” costumam ser usadas em investigações de acidentes como forma de investigar as causas. Evite as perguntas fechadas que forneçam apenas “sim” ou “não” como resposta.

Um dos principais objetivos das perguntas deve ser levantar informações pertinentes sobre o cotidiano do canteiro de obras a fim de descobrir possíveis falhas ou brechas nas políticas de segurança.

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