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Quanto vale um dia de trabalho em uma obra de construção civil?

Você sabe dizer quanto custa um dia de trabalho nas obras da sua empresa? Não basta dividir o custo total do orçamento pelo número de dias até o fim da construção, se é isso que você está pensando.

O objetivo dessa pergunta não é fazer cálculos mirabolantes, mas ter uma ideia da quantidade de recursos financeiros perdidos a cada dia – ou semana, ou mês – de atraso na entrega de um empreendimento. De acordo com uma pesquisa da consultoria Delloite, a diferença entre o orçamento e o custo real de uma obra é de, em média, 21,7% – o que pode significar milhares ou até milhões de reais de diferença no final das contas.

Veja a seguir alguns exemplos de itens que devem ser levados em conta a cada dia de trabalho que não estava previsto no cronograma ou no orçamento:

Mão-de-obra

Além do salário pago aos empregados no canteiro de obras, é necessário contabilizar também os impostos e encargos relacionados à extensão da contratação. E isso pode ser potencialmente perigoso no caso de contratos temporários de prestação de serviços, já que a prorrogação dos trabalho por muito tempo pode acabar configurando vínculo empregatício e obrigar a empresa a empregar os funcionários pela CLT.

Leia também: Contratação na construção civil: o que muda com a Reforma Trabalhista?

Materiais

Para cada serviço ou etapa da obra que atrasa, é bem provável que pedidos extras de materiais sejam necessários. Além dessas compras de materiais estarem fora do orçamento previsto, elas ainda podem sair mais caro do que os materiais comprados anteriormente – principalmente se as quantidades foram menores ou precisem ser entregues com urgência.

Há ainda a possibilidade do vendedor não ter a quantidade solicitada em estoque: nesse caso, será preciso comprar de outro estabelecimento, que pode ser mais caro e não dispor de condições vantajosas para a compra – como parcelamento, serviço de entrega imediata ou descontos.

Aluguel de equipamentos

Grande parte das construtoras não conta com equipamentos próprios por motivos óbvios: falta de espaço suficiente para guardá-los. Por isso, a opção mais procurada é o aluguel de equipamentos por empresas especializadas. Mas em caso de aumento no tempo de obra, o aluguel dos equipamentos por tempo extra pode ser acompanhado de multas, juros e tarifas extras no contrato com a locadora.

Em alguns casos, o contrato de aluguel pode ser renovado automaticamente durante igual período de tempo – por exemplo, se um equipamento alugado por 6 meses precisar permanecer por mais 3 meses em uso na obra, outro contrato de 6 meses pode ser automaticamente estabelecido e a construtora precisará arcar com os custos totais.

Leia também: 5 dicas para o aluguel de equipamentos na construção civil

Como resolver este problema?

Depois que o cronograma da obra já foi extrapolado, é quase impossível resolver este problema. O ideal é que a empresa estruture suas ações no canteiro de obras previamente para que os gastos com dias, semanas ou meses a mais de trabalho sejam evitados.

Cálculo de produtividade

Principalmente nas pequenas e médias construtoras, calcular os níveis de produtividade em campo não é uma prática comum. No entanto, pode ser interessante – e mais fácil – estabelecer a porcentagem diária de cada serviço que deve ser executada, levando-se em conta a quantidade de profissionais em campo e a complexidade da tarefa.

O foco da gestão deve ser sempre o encurtamento do prazo total do projeto. Aqui, nossa dica é a leitura do eBook Como Gerenciar Equipes Altamente Produtivas na Construção Civil, escrito pelo engenheiro e gestor Travis Higgins e pelo consultor e escritor Aldo Dórea Mattos.

Confie na tecnologia

Estamos em 2018, mas muitas empresas da indústria da construção ainda apresentam uma série resistência ao uso de tecnologias que auxiliem nos trabalhos em obra e na gestão dentro do escritório. Além disso, outra estatística assusta: ao menos 25% do tempo dos gestores de obras é gasto apenas para solucionar problemas e imprevistos. Mas utilizar um bom software para gestão de projetos, cronograma físico-financeiro ou acompanhamento de serviços pode literalmente revolucionar a maneira como a empresa lida com suas obras e até com seus clientes.

Os benefícios vão desde uma gestão mais transparente do que está acontecendo em campo até a economia real de tempo e de recursos financeiros, já que é possível direcionar os trabalhos da obra de acordo com as prioridades, com foco na resolução de questões antes que elas se tornem problemas e prejuízos.

Neste caso, um exemplo é a construtora Tecnisa: depois de alguns meses utilizando o Construct em suas obras, a empresa otimizou os trabalhos e conseguiu eliminar de sua rotina um reunião semanal que consumia 5 horas dos engenheiros responsáveis. Com isso, o tempo pôde ser reinvestido em ações para o aumento da produtividade e redução de custos nas obras.

 

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